quarta-feira, 25 de abril de 2018

Crônica: um potinho de iogurte

     Aí que raiva.
          Um dia desses meu pai falou que iria ao mercado comprar um queijo sei lá o que, um queijo específico e perguntou se eu queria algo, respondi que estava com fome talvez um iogurte.
          Como estava perto da hora do almoço, deduzi que ele traria algo  de verdade para comer, um almoço.
          Nós humanos, estamos acostumados a esperar que quando alguém vai com fome ao mercado, traga, quase como se fosse automático, mais comida do que o programado.
          Quando ele voltou percebi que não haviam sacolas. Com isso comecei a ficar um pouco preocupada.
          Será que é normal acreditar que o almoço deve ter vindo na mãos dele já que não há uma sacola! Calma... Guarde os gritos para daqui a pouco.
           Minha leve preocupação aumenta quando ele diz:
     -Não achei o meu queijo então trouxe só o seu iogurte.
          Inspiro profundamente três vezes, deixando a preocupação sair, e com uma doce e amável voz pergunto:
     -Você foi até o mercado e trouxe só UM potinho de iogurte?!?
          Ele não havia trazido uma caixinha com quatro potinhos, ele havia trazido UM POTINHO, SÓ UM POTINHO, 170g de iogurte!
          Com um tom sarcástico e de quem tem tudo sobre controle, ele responde: 
     -Vai querer o seu UM POTINHO DE IOGURTE ou não?

Crônica: um potinho de iogurte

     Aí que raiva.           Um dia desses meu pai falou que iria ao mercado comprar um queijo sei lá o que, um queijo específico e pergunt...